ANP arrecada R$ 452 milhões em leilão do pré-sal
O leilão de sete blocos de exploração de petróleo no pré-sal terminou com cinco áreas arrematadas e R$ 452 milhões em investimentos contratados. O resultado confirmou o interesse das petroleiras e reforçou a confiança na indústria de energia brasileira.
O evento ocorreu na sede da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro, durante o 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP).
Resultados expressivos e alto retorno à União
O ágio médio do óleo excedente — parcela de lucro destinada à União — foi de 91,2%, chegando a 251,63% em um dos blocos. Segundo a ANP, o bônus de assinatura totalizou R$ 103,7 milhões, mas o principal ganho está no retorno futuro de investimentos e na geração de empregos e royalties.
O diretor-geral da ANP, Artur Watt Neto, classificou o leilão como um sucesso e destacou o impacto econômico positivo.
“Nosso foco são os investimentos, a arrecadação e a geração de empregos, sem esquecer dos royalties”, afirmou Watt.
Empresas vencedoras e novos investimentos
Entre as 15 empresas habilitadas, oito apresentaram propostas e cinco saíram vencedoras. A Petrobras e a Equinor, da Noruega, foram as maiores vencedoras, com duas áreas cada. A estatal brasileira arrematou o bloco Citrino, com ágio de 251,63%, e formou consórcio com a Equinor no bloco Jaspe, com ágio de 96,47%.
Outras vencedoras incluem as chinesas CNOOC Petroleum e Sinopec, que levaram o bloco Ametista, e a australiana Karoon, que ficou com o Esmeralda. Duas dessas empresas — Karoon e Sinopec — estreiam no modelo de partilha do pré-sal brasileiro.
Blocos sem propostas e próximos passos
Os blocos Larimar e Ônix, na Bacia de Campos, não receberam ofertas e serão reofertados em nova rodada. De acordo com Watt, a baixa do preço internacional do petróleo e fatores externos influenciaram o resultado.
A assinatura dos contratos está prevista até 29 de maio de 2026. A ANP já planeja o 4º Ciclo da OPP, que poderá incluir até 26 blocos no pré-sal, reforçando o ritmo de exploração anual.
Impacto para o setor energético
O sucesso da rodada indica que o Brasil segue como destino atrativo para investimentos em energia. Com novos players internacionais e áreas estratégicas no pré-sal, o país fortalece sua posição global na produção de petróleo.
A diretora da ANP, Symone Araújo, destacou o avanço técnico e econômico do setor:
“Temos um marco importante para as nossas fronteiras exploratórias. Os novos blocos ampliam reservas e trazem empresas relevantes para o país.”
Fonte: Gov.BR ANTT
Foto: Foco Logístico
Leia Também: ANTT e ANPD fortalecem cooperação institucional no Brasil


